quarta-feira, 2 de junho de 2010

Para que serve o horizonte?

Certa vez alguém chegou no céu e pediu pra falar com Deus porque, segundo o seu ponto de vista, havia uma coisa na criação que não tinha
nenhum sentido...
Deus o atendeu de imediato, curioso por saber qual era a falha que havia na Criação.
- Senhor Deus, sua criação é muito bonita, muito funcional, cada coisa tem sua razão de ser... mas no meu ponto de vista, tem uma coisa que não serve para nada - disse aquela pessoa para Deus.
- E que coisa é essa que não serve para nada? - perguntou Deus.
- É o horizonte. Para que serve o horizonte? Se eu caminho um passo em direção ao horizonte, ele se afasta um passo de mim. Se caminho dez passos, ele se afasta outros dez passos.
Se caminho quilômetros em direção ao horizonte, ele se afasta os mesmos quilômetros de mim...
Isso não faz sentido! O horizonte não serve pra nada.
Deus olhou para aquela pessoa, sorriu e disse:
- Mas é justamente para isso que serve o horizonte...
" para fazê-lo caminhar "

A influência dos povos Bantos em nossa cultura.

Originários do noroeste do continente africano, onde atualmente são os países da Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Os povos bantos eram agricultores, conheciam a metalúrgica e viviam em aldeias comandadas por um chefe, o manicongo. Devido ao tráfico negreiro, esses povos foram obrigados a cruzarem o Atlântico e desembarcarem no Brasil para exercer um trabalho compulsório em um dos períodos mais catastróficos de nossa historia: a escravidão.

Contudo, a contribuição africana no período colonial foi muito além do campo econômico, uma vez que, os escravos souberem reviver suas culturas de origem e recriarem novas práticas culturais através do contato com outras culturas. Nesse sentido, os bantos contribuiriam grandemente na formação do plano cultural no país, os Bantos apresentaram uma especificidade cultural, notadamente na linguística, nos costumes e, principalmente, no campo religioso, que mesclou aspectos do cristianismo com suas tradições religiosas. Além de dar lugar a macumba,trouxe para cá instrumentos como os tambores,um pouco diferentes dos atabaques iorubas, os chamados tambores de jongo, com duas variedades principais: os maiores, tambus, e os pequenos, a que dão o nome de candongueiros, temos ainda o ingono de Pernambuco e outros estados do norte. A cuíca, que já faz parte dos nossos conjuntos orquestrais típicos, toma outros nomes como roncador, fungador e socador, no Maranhão e Pará. Também o tão conhecido berimbau utilizados pelos negros capoeira na Bahia chamados de urucungo pelos negros. Segundo Edílson Carneiro, estudante de jogos de capoeira, "O berimbau nada mais é do que um arco de madeira, vibrado por uma vareta. A esse arco se junta a metade de uma cabaça, presa a ele por um cordão que atravessa o fundo da mesma.”

Do batuque angola- congolense surgiu, após sucessivas transformações, o nosso samba, que toma nomes variados conforme as regiões. O folclore negro-brasileiro de procedência bantu é bem rico. Em primeiro lugar, temos as festas populares do ciclo dos congos ou cucumbis. São evidentemente sobrevivências históricas de coroação de monarcas, lutas dessas monarquias umas com as outras e contra o português invasor e escravista. A sobrevivência das culturas dos povos bantus encontra-se em certos autos e festas populares negro-brasileiros, como cordões, ranchos e clubes carnavalescos, confrarias negras, maracatus do Nordeste, elementos do bumba-meu-boi entre outras, tornando assim o povo banto um dos grandes formadores da cultura brasileira.